quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

VÍCIO

A cada dia que se passa você afunda o teu espírito em mágoas e o teu corpo no vício. Pergunto-me se você não percebe a auto-destruição que cometes diariamente.
Mas parece que você se sente bem ao fazê-lo. Destruir-te. Destruir-me. Sinto-me inútil por não conseguir deter os seus impulsos. Minhas palavras não te tocam mais, o teu corpo está possuído pelo ódio e pelo vício. Estabeleceram-se barreiras inultrapassáveis em torno de ti.
Tento quebrá-las, destruí-las com minha bomba de palavras doces, mas nada se move. E a parede continua lá: concreta, cinza e fria.
A provável solução seria o abandono. Talvez. É essa a palavra que destrói os planos. A incerteza do que virá depois. O abandono poderá ajudar-te ou entregar-te cada vez mais a esse ciclo vicioso.
Um punhado de fé – ou talvez ilusão – é o que me mantém ao teu lado. Talvez não firme, nem forte, mas ao teu lado. Isso basta.


sábado, 5 de fevereiro de 2011

Sempre Mais do Mesmo

Monotonia.
Os dias se arrastam devagar, às vezes nem vejo a lua brilhar.
O encanto pelo inusitado se fora, e o vazio agora dentro de mim mora. 
Sempre a mesma rotina, os mesmos discos, os mesmos livros, a mesma cafeína. 
O gosto amargo e onipotente se torna cada vez mais presente. 
Dessa vez a derrota não é passageira, pois sonhei com você a noite inteira.
Não vejo mais sentido nesse mundo, para mim é apenas um aglomerado imundo. 
E quando me lembro do que perdi, a minha única vontade é sair daqui.
Correr sem direção, mas não! Isso tudo não pode ser em vão.
Mas acontece que eu já não acredito mais no destino do meu coração.
Isso acontece quando você se esquece 
Que nem tudo tem sua razão.